Categorias
Planejamento

Planejamento Estratégico

Sua empresa está preparada para o futuro

Para quem não sabe aonde quer chegar qualquer caminho serve, deixou claro o Gato para a Alice no País das Maravilhas.

As organizações que desrespeitam esse ensinamento básico costumam durar pouco, por falta de coesão e comprometimento da equipe. Muitos empresários e administradores colocam o crescimento como um dos principais objetivos do planejamento, porque, em nossa sociedade, crescimento é sinônimo de sucesso. As empresas que deram excessiva ênfase ao crescimento, descobriram a duras penas, que o simples crescimento não é necessariamente o apogeu, a garantia de sucesso.

Só a procura por mais vendas e/ou desenvolvimento de novos produtos não garantem o crescimento da empresa. É necessário reconhecer que mudanças contínuas nos hábitos dos consumidores, na tecnologia e na economia, marcam a nossa época conhecida como “a era da descontinuidade”.

As empresas bem sucedidas, são aquelas que costumam compreender os seus consumidores e estabelecer com eles uma relação madura de convivência e de perspectiva de futuro. Utilizam-se, do planejamento operacional e tático para alcançar o estratégico, que, por sua vez, foi pensado para ser exequível, com definição clara de objetivos e metas.

A decisão dos caminhos a serem seguidos é resultado de estudos que antecedem a execução do projeto e levam em consideração vários aspectos da realidade e perspectivas futuras. São dados objetivos identificados em análises de conjuntura, abrangendo economia, política, desenvolvimento social, infraestrutura e logística, limites para levantar recursos junto às agências de financiamento, definição de público alvo, tudo alinhado à declaração de missão, visão de futuro e valores da empresa, além de uma boa dose de intuição e visão do que será o amanhã em um ambiente globalizado.

Propósito da organização

A definição do propósito da organização é composta pela visão de futuro, missão, abrangência, princípios e valores e eventualmente sua opção estratégica. O propósito nasce na “alma” da organização, revela o “porque” ela existe e o que a torna única e indispensável. Sintetiza sua vontade, sua imagem projetada para o futuro e suas crenças, transcendendo as circunstâncias, não se limitando ao ambiente externo e nem pela sua capacitação atual. É o impulso, a motivação maior que fornece esta força e direciona para os caminhos que ela escolher para o futuro.

O propósito é o primeiro passo para desenhar a identidade organizacional, que em linha gerais representa as respostas para as seguintes perguntas: porque a empresa existe? onde ela quer chegar? quem levará ela até lá? Esta fase é a mais importante, pois será a base dos objetivos e das metas que serão definidos no planejamento estratégico, além de influenciar todas as atitudes da organização no futuro.

Planejamento estratégico

O passo seguinte é a execução do planejamento estratégico, envolvendo a definição de metas, descrições de ações, indicadores, previsão de custos e receitas e, principalmente, a formulação de estratégias. Para que a organização cresça com segurança e sustentabilidade é preciso ter objetivos e metas bem definidas. O planejamento estratégico é o momento ideal para repensar toda a organização. Recomendamos sua realização de forma participativa, em conjunto com a toda a organização.

Uma vez definido os objetivos e as metas é possível determinar as estratégias para alcançar tudo o que foi determinado. Isso é realizado com o fim de orientar a organização em relação ao que ele precisa fazer, quais tarefas devem ser delegadas à sua equipe e em quanto tempo precisam entregar os resultados esperados.

O próximo passo é ter um plano de ações para que as estratégias possam ser colocadas em prática para alcançar os resultados no tempo determinado, economizando tempo e esforço. Como o planejamento estratégico define tudo o que a organização quer realizar, as estratégias possibilitarão alcançar seus resultados, tornando rápida a tomada de decisões, já que os objetivos a serem obtidos foram determinados. Com isso, a organização alcança maior produtividade em suas tarefas.

A análise da concorrência é outro ponto fundamental. Ela permite que a organização conheça seus concorrentes diretos, indiretos e saiba como eles estão atuando no mercado. Diante disso, a organização consegue aproveitar oportunidades que seus concorrentes talvez não estejam visualizando.

Analisar forças, fraquezas, oportunidades e ameaças são essenciais. Por meio dessa avaliação a organização consegue entender quais são os seus pontos fortes e fracos e trabalhar para otimizar as forças e reduzir ou eliminar as fraquezas. Alinhada à análise de forças e fraquezas, tem-se a análise de oportunidade e ameaças. Nessa avaliação, a organização identifica quais oportunidades e ameaças existem, tanto no ambiente interno quanto no externo, e como a concorrência tem agido de forma a impactar negativamente os resultados da organização.

A partir da definição de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, a organização consegue realizar a análise SWOT para avaliar os quatro fatores em conjunto e entregar novas estratégias de ação.

Por inserir o cumprimento de metas, o planejamento estratégico acaba gerando um sentimento de motivação e cooperação entre os colaboradores. Além disso, pela sua clareza e objetividade, a equipe
sabe exatamente o que precisa fazer para alcançar os resultados esperados, o que acaba gerando, também, um sentimento de pertencimento.

O planejamento estratégico entrega a organização a possibilidade de focar nos resultados e trabalhar, inclusive, para corrigir o rumo de processos que não estejam entregando uma boa performance, conseguindo, inclusive, redirecionar operações, caso seja identificado que o desempenho será
melhor de outra forma.

Tão importante quanto a execução, são as revisões periódicas do planejamento estratégico. Por melhor que seja, nem tudo o que é planejado segue seu rumo e é concluído no prazo, dentro do orçamento ou da forma desejada.

Às vezes a realidade onde a empresa está inserida pode mudar de um momento para o outro. Por isso, é importante estar atento para revisar suas ações. As revisões periódicas são consideradas peças chaves para alinhar qualquer desvio que possa ocorrer na execução do projeto.

A frequência de revisões deve ser estipulada de acordo com a necessidade de cada organização. Não existe uma regra a ser seguida, no entanto, o que realmente importa é estar atento e fazer as revisões sempre que necessário. O planejamento deve ser elaborado e executado com disciplina, utilizando-se de metodologia e alinhamento das expectativas da organização com o seu propósito.

Por fim, que o hábito de planejar seja tão importante quanto o de executar o que foi planejado.

Conteúdo extraído na íntegra do Boletim do empresário Balaminut Gestão Empresarial
Edição de 11-2021
balaminut.com.br/boletimdigital



Categorias
Tecnologia

Ambientes Digitais

Fundamentos de negócios e suas reflexões
para a construção de posicionamento

Há um bom tempo todas as coisas estão com algum tipo de conexão com o mundo digital, envolvendo desde questões pessoais a assuntos corporativos, independentemente da idade e do estilo de vida da pessoa, ou, no caso de empresas, de seu porte, localização e mercado de atuação.

No todo, são ações de comunicação, relacionamento e vendas, dentre muitas outras perspectivas, que pessoas e empresas desenvolvem num mundo cada vez mais digitalizado e conectado.

Neste sentido, para que a marca de uma empresa construa um caminho sólido neste ambiente digital há necessidade do conhecimento e da prática dos fundamentos de negócios que moldam uma postura digital, com vistas a criar interações, posicionar marca e gerar vendas, sempre com o necessário acompanhamento dos resultados e promoção de conexões ágeis, com mobilidade.

O começo desta postura passa pelo entendimento de que hoje o consumidor é caracterizado como Neoconsumidor, em função de ser global, digital e multicanal, demandando ser colocado no centro das decisões que são tomadas na empresa para ações de qualquer tipo.

Na sequência, há o necessário entendimento sobre o que são redes e mídias sociais, quais são as estratégias adequadas para adoção (decorrentes do estabelecimento de um bom planejamento) e os canais de comunicação digitais utilizados por uma marca na gestão de seu negócio, principalmente no tocante ao Marketing, que trata da relação da empresa no mercado, por meio dos stakeholders, que correspondem ao público com o qual ela se relaciona, como clientes, fornecedores, concorrentes, sociedade e grupos regulamentadores, entre outros.

De maneira bem simples, entendam-se redes sociais não necessariamente como digitais, uma vez que correspondem a um grupo (rede) de pessoas que se unem em função de interesses comuns, fato este que pode se dar tanto no digital como de forma presencial.

É obvio, no entanto, que hoje, cada vez mais, essa conexão se dá por meio das plataformas digitais, que se constituem como mídias sociais, como, por exemplo, algumas que são apresentadas abaixo, com seus respetivos objetivos, dentre tantos outros afins que igualmente existem, mas que não estão mencionados:


•Facebook: adequado para criação de comunidades, prestação de serviços, disponibilização de informações, segmentação do público-alvo;

• Instagram: adequado para interação, com possibilidade de uso de diversos recursos, recomendado para atuação de influenciadores digitais;

• LinkedIn: adequado para networking e relacionamentos profissionais, criação de reputação e, inclusive, prospecção de novos negócios;

• TikTok: adequado para vídeos de curtíssima duração e geração de
conteúdo;

• Twitter: adequado para desenvolvimento de conversas;

• Whatsapp: adequado para comunicação, recomendado para vendas;

• Youtube: adequado para criação de um canal para exibição de vídeos, recomendado para atuação de influenciadores, apresentação de produtos, serviços e séries.

Com a compreensão desses conceitos, parte-se para a definição da necessária presença digital, que tende a ser assumida e estabelecida pela marca em todo e qualquer ambiente digital selecionado para sua atuação.

Partindo deste ponto, reflita agora, mais detalhadamente com o caso de sua empresa, sobre quais mídias sociais sua marca tem efetivada a sua presença digital, assim como com quais redes sociais
ela tem interação?

Pense assim: a presença digital da marca de minha empresa ocorre por meio de um site institucional, de contas no Facebook ou Instragram, por um canal no Youtube, pelo Whatsapp ou por mais de um destas plataformas?

Com qual público é formada esta interação e quais são, por exemplo, seus interesses de conteúdo?

As respostas apresentadas a tais questionamentos constituirão um importante indicativo para você compreender a dinâmica da presença digital comentada.

Caso sua empresa ainda não conte com uma presença digital estabelecida ou, então, realize-a de maneira ainda limitada, saiba que é possível construir uma nova fase e dar novos passos, ainda que sejam um de cada vez, gradualmente, para iniciar seus trabalhos, como, por exemplo, com a experimentação de atividades em ambientes com tecnologias específicas, onde haja maior segurança ou interesse de atuação, percorrendo-se um caminho para o trilhar de ações contínuas até providenciar sua consolidação.

Neste contexto, é importante destacar a conexão da cultura da empresa com estes novos cenários digitalizados, pois, quando se discute sobre o assunto, é preciso considerar que o foco tende a ser muito mais sobre pessoas do que tecnologias, que são elementos complementares ao empoderamento das pessoas no exercício de suas atividades e relacionamento com clientes.

Uma vez definida a presença digital, há a necessidade de serem estabelecidas as condições de atuação da marca para, posteriormente, avaliar as experiências proporcionadas pelos vínculos com os clientes nas jornadas que são construídas e dão base ao relacionamento (institucional, comercial ou de qualquer outra finalidade) com sua empresa.

Em suma, não basta ter presença digital; há necessidade de uma atuação digital planejada, que precisa ser estabelecida dentro de parâmetros específicos, envolvendo objetivos, estratégias e controles.

É por meio da conjugação de todos estes elementos que são construídos os caminhos para aquilo que, numa fase mais avançada, é conhecida como processo de transformação digital, compreendendo a conjugação prática de fatores relacionados a clientes, competição, dados, inovação e valor.


Há a possibilidade de uma inversão operacional destas iniciativas por parte das empresas, de modo a começar pela transformação digital e, no contexto de sua execução, incorporar as questões dadas inicialmente na construção desta matéria, envolvendo sua presença digital.

O importante, no contexto desta discussão, é o ato de movimentar-se digitalmente, até porque, como trata um antigo ditado: parado mesmo é que não se chega a lugar algum.

Nesta linha, cabe também uma reflexão, feita aqui com adaptações a partir da canção “Passeio no Mundo Livre”, do músico Chico Science e da banda Nação Zumbi, de que, ao dar um passo à frente, você não estará mais no mesmo lugar. Pense nisto e comece a movimentar digitalmente a marca de sua empresa!

Para saber mais sobre os assuntos desta matéria, indicamos estes livros:

1) “Neoconsumidor”, de autoria de Marcos Gouvêa de Souza (Editora
GSMD, 2009);

2 ) “Gestão de Mídias Sociais, de Camila Gino Almeida Costa (Editora
InterSaberes, 2017);

3)“Planejamento Estratégico Digital”, de Felipe Morais (Editora Saraiva, 2017);

4)“Presença Digital”, de Tércio Strutzel (Editora Alta Books, 2015);

5) “Transformação Digital”, de David L. Rogers (Editora Autêntica
Business, 2017).

Conteúdo extraído na íntegra do Boletim do empresário Balaminut Gestão Empresarial
Edição de 11-2021
balaminut.com.br/boletimdigital